sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Diário de bordo. De cara com a ficção.

Não tem como enfrentar o frio do Norte da Itália sem ter um dejavu com os protagonistas que você mais amou na literatura e que passaram por isso. Meu coração no freddo eh todo Hans Castorp. Se antes eu jah o tinha em alta estima, sentir na pele o frio cortante me fez caminhar por varias passagens de Montanha Mágica, do Thomas Mann. Um livro que foi um marco na minha formação. Agora também compreendo com uma legitimidade, digamos, biológica, os livros que falavam sobre guerra, amor, historia ou poesia, e tinham o peh aqui... sobre a neve úmida e o frio impensável para nos, brasileiros. E vou ser bem sincera, a neve eh linda na foto. Na foto. Eh bonita de ver. De ver. Porque no fundo, no fundo, eu sempre penso no fim do Hans. Agora eh hora de entrar em casa com calefação obrigatória. Tomei um vinho branco chamado Glicine, da Sicilia, que eh maravilhoso. Nunca gostei de vinho branco, mas esse me ganhou. Os italianos sao muito exigentes com a pasta. E comi cada pasta caseira fantástica. Apesar de estar no Norte, peixe não faltou. E minha amiga me contou que, apesar de Milão ser um ponto no meio superior da Itália, eh o maior comercio de pescado do pais. Eh como se a Gameleira, de repente, começasse a exportar peixe para o mundo. Tipo isso. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário