sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Carnaval em BH

Despedi do carnaval mineiro com Clube da Esquina, no Bloco da Esquina, e Beatles, na Alcova Libertina. Não poderia ter repertório melhor e tão bem contextualizado na maior festa popular brasileira. É a primeira vez na vida que cogito indicar o carnaval de BH para alguém. Pior: cogito até voltar ano que vem, se possível for. E quem é da terrinha do pão de queijo sabe o que isso significa: a disputa direta pelo uso do espaço público com a prefeitura. Oferecer banheiro público e policiamento para organizar a caminhada é obrigação. Não deve, nunca, ser encarado como favor. O esforço da manutenção da "independência" dos blocos também deve ser ressaltada. A mudança do itinerário do "Então Brilha" que seguiria para a avenida Brasil, mas optou por terminar na Raul Soares é resultado de um início promissor de tradição do carnaval belorizontino. É isso que Minas precisa levar de exemplo. Música de qualidade, folia liberada, politizada, independente, sem preconceito, sem machismo e sem barbárie. Bloco por bloco para andar pelas ruas cercados, segregados, patrocinados, tocando música eletrônica com ingresso trocado por quilo de alimento é regra. Tem em qualquer lugar, qualquer esquina, qualquer rincão com folia neste país. 

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